Depois de um dia de ações na rede, com o tuitaço para #legalizaroaborto, a campanha de envio de fotos no Facebook e continuação da série de posts temáticos aqui no blog, o feminismo da Marcha Mundial das Mulheres deixou sua marca nas ruas.
Em São Paulo, a intervenção urbana aconteceu ao lado da Igreja do Calvário, na praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Com os dizeres “Eu aborto, Tu abortas, Somos todas clandestinas” e “legalize o aborto já!”, as jovens militantes apresentaram uma agenda de luta pela liberdade de todas as mulheres.
No momento em que os setores conservadores negociam propostas que são um retrocesso para os direitos das mulheres, como o Estatuto do Nascituro e a Bolsa-estupro, a afirmação do aborto como um direito a ser conquistado e garantido para todas as mulheres que decidam interromper a gravidez indesejada é a estratégia do feminismo em marcha.
Nossa avaliação é que a forma de resistir a essa ofensiva machista é, além de reagir, rechaçar e derrotar propostas como a Bolsa-estupro e o Estatuto do Nascituro, devemos explicitar para toda a sociedade a hipocrisia que ronda a realidade do aborto no Brasil, afirmando que a garantia deste direito é fundamental para a autonomia de todas as mulheres. Todas as mulheres que fazem aborto estão em uma situação de clandestinidade, mas os obstáculos para sua realização, as consequências para a saúde e até a morte é uma realidade das mulheres pobres e negras.
A ação nas ruas de São Paulo é parte da preparação para a manifestação no dia 28 de setembro, Dia Latino-americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do aborto, que vai acontecer no sábado, às 14 horas, no MASP.
Seguimos em marcha, nas ruas e nas redes, para legalizar o aborto no Brasil!
Marcha Mundial das Mulheres 
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