Mulheres negras em luta contra os retrocessos na educação e na política

“Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes
Que nem devia tá aqui
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós?
Alvos passeando por aí”
AmarElo
Emicida

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*Por Luci Souza

18 de novembro de 2015, mulheres negras de todo o Brasil se organizaram e, pela primeira vez, marcharam em Brasília, mulheres negras no centro político deste país, mulheres negras em um protesto contra o racismo e a desigualdade social e de gênero no país.

Também, em 2015, 12,8% dos negros entre 18 e 24 anos chegaram ao nível superior, segundo pesquisa pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstrando ter duplicado o número de estudantes negras e negros em comparação com 2005, um ano após a implementação de ações afirmativas, como as cotas, apenas 5,5% dos jovens pretos ou pardos na classificação do IBGE e em idade universitária frequentavam uma faculdade.

Hoje, vemos um governo que a cada dia mais se coloca para que esses números e avanços se eximam, e ataca a Lei de cotas, que garantiu que centenas de negras e negros ingressassem e transformassem as universidades brasileiras.

Quando pegamos o índice de mulheres negras na política observamos como a estrutura racista e misógina desta sociedade nos afeta, somos cerca de 56 milhões de mulheres negras no país segundo os dados do IPEA, e na política,segundo os dados da campanha Mulheres Negras Decidem apontam que, em 2018, dos 513 parlamentares, apenas 10 eram mulheres negras

Em 18 de novembro de 2015, mulheres negras de todo o Brasil se organizaram e, pela primeira vez, marcharam em Brasília, mulheres negras no centro político deste país, mulheres negras em um protesto contra o racismo e a desigualdade social e de gênero no país.

Esse ano estaremos nas ruas de novo, tomaremos as ruas da cidade do Rio de Janeiro no domingo (28), com o tema “pela vida, pela não criminalização da pobreza, é em defesa da liberdade religiosa.

Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres em todos os cantos!

*Luci Souza é militante da Marcha Mundial das Mulheres no Rio de Janeiro e do Coletivo Nacional de Juventude Negra – ENEGRECER.

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